Al Berto: o Incêndio na Tradução
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Al Berto: o Incêndio na Tradução

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Al Berto: o Incêndio na Tradução

Informazioni su questo libro

L'esperienza in sé del tradurre: essere liberi dalle suscettibilità altrui prigioniero delle proprie liberi di sentire cercando di riportare su carta un complesso sistema di ritmi immagini parole... sorretti da barcollanti fondamenta emotive ma liberi di annegare in questo cielo di sentimenti chiamato traduzione

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Informazioni

Anno
2019
eBook ISBN
9788831601061
Categoria
Lingue

CAPÍTULO 1 - RASGOS DE ALBERTO RAPOSO PIDWELL TAVARES

I.I O QUE DISSERAM ALBERTO E OUTROS:
A “BIOHOMILIA” DE AL BERTO
Alberto Raposo Pidwell Tavares nasce em 11 de janeiro de 194811 em Coimbra, mas poderiamos dizer que quase não mora aqui; de fato, vai bastante cedo para Sines onde vive grande parte da sua vida. Em 1965, a sua família – pertencente à alta burguesia inglesa –
o envia para Lisboa para que estude pintura. Frequenta a Escola Secundária Artística António Arroio e o Curso de Formação Artística na Sociedade Nacional de Belas Artes.
Em abril de 1967 – durante o períodio salazarista –, Al Berto, rapaz de dezanove anos refratário militar, expatria-se para a Belgíca ( Bruxelas, para sermos mais precisos )
e matricula-se num curso de pintura na École Nationale Supérieure d´Architecture et des Arts Visuels. Em realidade, bastante cedo – como nos refere Eduardo Pitta -, Al Berto “manda às urtigas” os seus estudos, patente pretexto ( muito comum aos jovens daquele tempo) para deixar o país. É nesse período que Alberto Pidwell Tavares se dedica quase exclusivamente à escrita.
O ex-artista começa as “suas deambulações pela noite européia”,22 assim frequenta os ambientes marginais e underground de qualquer tipo em Bruxelas, Barcelona e Paris.
Esse “andarilhismo”, e tudo o que isso comporta, será tema central das suas primeiras obras: abuso de drogas, noitadas rock and roll, homoafetividade, sexo efêmero; todos temas da sua juventude na que descobria e se descobria nos irrquietos anos '60 e '70. Nesse período, Alberto Pidwell Tavares escreve principalmente apontamentos, muitos tristemente perdidos. Alguns deles, que “sobreviveram”, são escritos em francês e serão publicados mais tarde.
No seu primeiro livro – uma coletânea de desenhos chamada Projects 6933 -, o autor assina Alberto Tavares e, usando esse nome a partir de 1970, participa a exposições, fulcro das quais – segundo João Maria do Ó Pacheco – eram algumas enormes “ (...) telas que podiam ocupar toda uma parede com representação tipo Andy Warhol em cores berrantes, tipo banda desenhada, com técnicas tão diversificadas como a pintura sobre jornal ou transparências inusitadas”44, técnicas que são bastante típicas do primeiro Andy Warhol o qual influenciou distintamente o artista português.
Em 1972, Alberto Tavares, depois de ter deixado a pintura, é estagiário como animador sócio-cultural num centro cultural na Bélgica, trabalho que vai repetir na Câmara Municipal de Sines entre 1981 e 1985; mas, antes de isso acontecer – claramente –, ele volta a Portugal. Regressa exatamente um ano e sete meses depois da queda da ditadura –, e decide abrir uma livraria-editora, que se vai tornar numa “catástrofe económica devido à selecção dos livros para venda demasiado criteriosa que ninguém conhece e ninguém compra”.55 Por essa razão, fecha a livraria, mas não perde a esperança relativamente à editoração e, regressado a Lisboa, “lança uma das mais interessantes propostas editoriais fora das Editoras desta década”.66
Nesse período, tem a oportunidade de lançar não só novos poetas, mas também as traduções de Tony Duvert realizadas por Luiza Neto Jorge.
Joaquim Manuel Magalhães salienta que o editor “executa um projecto e articula-se numa selva própria onde não cai a sombra de qualquer ressentimento. Essa força contamina Alberto P. Tavares quando surge com obra própria sob o nome de Al Berto”.77
Al Berto publica, então, a primeira coletânea inteiramente “lusófona”; ou seja, À procura do vento num jardim d"agosto (1977). As influências anglos-americanas aqui são patentes. Podemos reparar na presência de “pedaços” da geração beat:Jack Kerouac, Allen Ginsberg, William Burroughs, e muitos outros. Nesser lugar, é necessário mencionar também outros autores que são fundamentais na formação de Al Berto: os franceses Arthur Rimbaud, Charles Baudelaire e Jean Genet; os portugueses Cesário Verde, Fernando Pessoa, Mário Cesariny, Eugénio de Andrade, Jorge de Sena e Herberto Helder.
A partir dessa primeira coletãnea, Al Berto publica de maneira regular, alcançando o ápice no reconhecimento por parte da crítica na década em 1980; logo poucos anos – exatamente em 1987 –, o poeta vai morar estavelmente em Lisboa, voltando a Sines bastante frequentemente. Nesse período, Al Berto já não se expressa através da arte pictórica;
a sua única forma de expressão é só a literatura. Entretanto, nunca vai abandonar o diálogo como sistema predileto para se expor e manifestar pensamentos, ideias e sentimentos.
Conforme com o que diz Rodrigo Eduardo Silva é razoável questionar se Al Berto se larga da pintura efetivamente como a sua poesia faz costantemente referência a esse mundo. O seu livro mais traduzido – até agora, A secreta vida das imagens (1991) – possui poemas visivelemente inspirados nas artes gráficas. Van Gogh, Kandinsky, Chagall, Modigliani e Klee são só entre os poucos que, de maneira mais evidente de que em outros casos, chamam a atençâo de Al Berto para ele dar existência a essa obra.
Sem dúvida, Warhol é uma das entidades inspiradoras mais fortes na escrita de Al berto: Leiamos “juntos” o poema “Falso retrato de Andy Warhol”
não penso
transcrevo conversas telefónicas ou falo
com a noite de new york
ou não falo e gravo a voz dos outros filmo
obsessivamente a morte
ou não filmo e multiplico cadeiras eléctricas
excito-me
sou o centro do mundo dos outros e
não existo
ou é a vida que me atravessa o sexo
e finjo a morte ou cintilo
como o diamante.
Aqui encontramos a maneira mais caraterística de escrever de Al Berto, típica da década de 1990. Alèm disso, curiosamente, acontece que artistas plásticos sejam inspirados pela poética al-bertiana. Por exemplo, num projeto organizado com o auxílio do Centro Cultural Emmerico Nunes, é realizada “Al Quimias”, uma exposição beaseada nalguns escritos de Al Berto. Nessa fase temporal, é quase obrigatório ressaltarmos que, para o Paulo Correia –coordenador editorial do projeto – , “é provável que exista uma ou outra lacuna no que respeita à sua participação em catálogos”.
Utilizando mais uma vez as palavras do Guimarães, muito úteis para fazer uma referência à coletânea poética que nos interessa nesse lugar, “Um dos artistas que, embora contemplado pelo olhar do poeta, não consta dessa compilação é o pintor brasileiro Victor Arruda. Al Berto escreve o poema Subúrbio inspirando-se nas obras Ciúme (1994), Armadilha (1994), O pintor (1994) e Na areia movediça (1996), todas de autoria de Arruda, cuja exposição individual realizou-se na cidade do Porto, de setembro a outubro de 1996, na Canvas & Companhia – Galeria de Arte Contemporânea.”
A pintura, a pesar de tudo que foi dito, não é a unica arte gráfica que encontramos quer na formação quer na poética al-bertiana; também a fotografia é muito relevante para o nosso autor. De facto, aparece amiudadas vezes nas suas obras; por exemplo, N'À procura do vento num jardim d"agosto, encontramos uma encenação do autor.
Outras vezes, Al Berto utiliza como tema mesmo a fotografia, como na série de poemas “Paulo Nozolino/4 visões”, do livro Salsugem (1984)88:
(...) o receio
de mais tarde olhar as fotografias e já não sentir
pulsar no papel vida nenhuma
(...)...

Indice dei contenuti

  1. INTRODUÇÃO
  2. CAPÍTULO 1 - RASGOS DE ALBERTO RAPOSO PIDWELL TAVARES
  3. CAPÍTULO 2. A TRADUÇÃO NO INCÊNDIO
  4. CAPÍTULO 3 – O INCÊNDIO NA TRADUÇÃO: ANÁLISE LINGUÍSTICA DE HORTO DE INCÊNDIO E PROBLEMAS DE TRADUÇÃO
  5. CAPÍTULO 4. CONCLUSÃO
  6. BIBLIOGRAFIA