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Scrutare la Parola
In ascolto della tradizione ebraica, patristica e liturgica
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Scrutare la Parola
In ascolto della tradizione ebraica, patristica e liturgica
Informazioni su questo libro
Il presente volume raccoglie le ricche relazioni che hanno accompagnato i tre webinar trasmessi all'indomani della pubblicazione de La Bibbia. Scrutate le Scritture (14 ottobre 2020), un'edizione dai tratti molto peculiari e accolta con particolare entusiasmo, come dimostra il successo dell'opera attualmente in traduzione in dodici lingue. L'obiettivo dei tre webinar è stato quello di approfondire che cosa si intenda per "lettura orante della Parola" e come questa possa essere vissuta attraverso la scrutatio delle Scritture, approccio che affonda le sue radici nella tradizione ebraica, patristica e liturgica. Pur secondo prospettive diverse, queste tre tradizioni hanno vissuto la scrutatio non solo come un "metodo" di lettura ma anche e soprattutto come relazione con Dio, per lasciarsi guidare dalla Parola stessa, senza cadere nel pericolo di gestirla, manipolarla, rinchiuderla nel proprio orizzonte storico o culturale.
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Informazioni
Argomento
Teologia e religioneCategoria
Commento della Bibbia«SCRUTARE LE SCRITTURE»
NELLA LITURGIA
DEUS NOS FALOU DE MUITOS MODOS,
TAMBÉM PELA LITURGIA!
Danilo César dos Santos Lima [BIOGRAFIA]
Introdução
De domingo a domingo os fiéis se reúnem nas paróquias e comunidades para celebrar a sua fé e realizar a memória da morte e ressurreição de Jesus. As celebrações são ocasião oportuna em que manifestam, nutrem e revigoram a sua fé (cf. SC 59), em comunidade: «é principalmente pela liturgia que os cristãos entram em contato com as Escrituras, particularmente durante a celebração eucarística do domingo».208 As celebrações dominicais não são apenas a principal ocasião de contato dos fiéis com a Palavra do Senhor. Elas são, segundo afirmam os documentos da Igreja, momento especial e privilegiado em que o próprio «Cristo, ainda hoje, anuncia o seu evangelho» (SC 33).
Em várias partes do mundo o crescente interesse pela Bíblia aproxima os fiéis dessa imprescindível fonte da revelação. Contudo, quando a Sagrada Escritura se associa a outro grande monumento da fé, a liturgia, que a seu modo também é lugar teológico da revelação, a Igreja se fortalece e os fiéis são nutridos para continuar a missão de Jesus em suas realidades. Em muitos países são inúmeras as experiências eclesiais em torno da Bíblia e da liturgia. No Brasil, os círculos bíblicos, os grupos de lectio divina, as Comunidades Eclesiais de Base e outros, se sustentam pela reunião da comunidade, para celebrar ouvindo a Palavra de Deus ao ler as Escrituras conforme a Igreja lhes dispõe no lecionário da liturgia, acessíveis por meio de diversos subsídios, aplicativos e calendários litúrgicos disponibilizados para a leitura na Bíblia. As celebrações dominicais da Palavra são uma realidade predominante nas comunidades católicas, espalhadas Brasil afora. Em muitas delas, pequenos grupos se reúnem também para celebrar o Ofício Divino das Comunidades209 como alimento da espiritualidade a partir da fonte bíblica e litúrgica da Igreja.
O contexto da Celebração da Palavra de Deus nos remete ao oitavo capítulo do livro de Neemias, depois do retorno do exílio da Babilônia (sec. VI a.C.), que incorpora na narrativa o modelo celebrativo das sinagogas. A liturgia da Palavra, marcada por grande expressividade ritual, valorizava o livro da lei e a proclamação do texto bíblico, estimulava a escuta atenta do povo, também pela explicação dada pelos levitas suscitando uma resposta de louvor, de adoração e de conversão a Deus. A leitura do livro deu ao povo, força para resistir, se reorganizar e recuperar a identidade de povo da Aliança. Despedidos, os homens, as mulheres e quantos eram capazes de entender voltavam para as suas casas com a ordem explicita de festejar, de se alegrar e de compartilhar o alimento com os pobres. Do mesmo modo, hoje, a Palavra de Deus celebrada em muitas comunidades, é sinal da presença do Ressuscitado, é força e resistência nas dificuldades, é estímulo para a solidariedade e luz para a caminhada.
Essas constatações movem a presente reflexão a aprofundar alguns aspectos sobre a necessária relação entre Bíblia e liturgia para o bem da Igreja e como um sinal do Reino de Deus.
A Igreja anuncia a Palavra na liturgia
A reforma do Ordo Missae, valendo-se das palavras do apóstolo Paulo, introduziu no corpo da anáfora eucarística uma aclamação de alcance ainda pouco estimado: «Eis o mistério da fé: Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!». Esta aclamação concorda com os três critérios que convalidam a lex orandi da Igreja, estabelecidos por Prospero de Aquitânia (sec. V): a fundamentação bíblica, o uso universal e imemorial da Igreja e o conteúdo da prece, que confirmam essa válida intervenção da reforma litúrgica após o Concílio Vaticano II.210
Este rito, seja pelo seu inciso, seja pela aclamação do povo, tem origem na prática litúrgica mais antiga da Igreja testemunhada pela Sagrada Escritura e por diversos ritos apostólicos. De fato, a fórmula Mysterium Fidei, oriunda de 1Tm 3,16, introduz um antigo hino cristológico, entoado pelas primitivas comunidades cristãs.211 Já a aclamação que se segue ao inciso, reporta à catequese eucarística do apóstolo dos gentios aos cristãos de Corinto, que então distorciam a prática celebrativa da ceia. As palavras de Paulo revelam que não só a celebração da ceia entrara em crise. Naquele contexto específico, a prática celebrativa e a escuta da Palavra foram descuradas pela jovem comunidade de Corinto, que se distanciara daquilo que Paulo recebera e lhes transmitira (cf. 1Cor 11, 23). Não se trata apenas de uma questão disciplinar. Paulo transmite algo que recebera do Senhor e oferece aos Coríntios a ordem de celebrar a ceia, seguindo os gestos de Jesus. Esse testemunho apostólico ecoa como «pedra de toque» da fidelidade cristã ao mistério pascal e às fontes da fé: Sagrada Escritura, Sagrada Liturgia e Sagrada Tradição se encontram harmoniosamente nesta catequese paulina e são imprescindíveis para que os coríntios voltassem a cultivar a fidelidade à vontade de Deus. Recorda, ainda, a necessária orientação ética do celebrar, onde não apenas coincide os monumentos da fé, mas confere autenticidade à celebração e à leitura bíblica que a Igreja realiza.212
O mistério da fé, que é Cristo mesmo, em sua manifestação histórica neste mundo, é anunciado pela Igreja em todas as celebrações da liturgia, que cumprem a função memorial de tornar a comunidade cristã contemporânea dos acontecimentos primordiais da fé, pela força dos sinais e pela Palavra que recorda os feitos de Deus.213 Deste modo, a Igreja participa da vida, missão, paixão, morte e ressurreição, ascensão e envio do Espírito Santo a toda humanidade. Esse mistério, outrora escondido às gerações passadas, pelo Espírito, agora se tornou manifestado por meio do evangelho à Igreja (cf. Ef 3,1-7). O verbo “anunciar, proclamar” (kataggéllo), no início da aclamação memorial, pelo seu recorrente uso nas Escrituras, remete ao rito da Palavra,214 onde as memórias dos apóstolos e os textos do AT eram proclamadas em contexto celebrativo, não de modo aleatório, mas desde as origens referidas a Cristo e ao seu mistério.215
A aclamação memorial constitui-se, portanto, como afirmação permanente da memória pascal em cada celebração, pois as leituras propostas no novo lecionário seguem o próprio método de leitura do Ressuscitado, como está testemunhado pelo evangelho de Lucas (24,26): «E, começando por Moisés e percorrendo todos os Profetas, interpretou-lhes em todas as Escrituras o que a ele dizia respeito», e também no versículo 44 do mesmo evangelista: «era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos». Cristo, como o único que confere a inteligência do Espírito para compreender as Escrituras, concede à sua Igreja que celebra, seguir os seus passos na leitura dos textos bíblicos, em conexão com sua própria vida e missão: «são estas as palavras que eu vos falei quando ainda estava convosco» e no evangelho de João (5,39): «Vós sondais as Escrituras porque julgais ter nelas vida eterna; ora, são elas que dão testemunho de mim».
Por isso, a liturgia realiza mimeticamente a leitura das Escrituras, tendo por modelo o próprio modo de leitura do Filho de Deus, como nos ensina a Igreja no OLM, 3: «a Igreja continua fielmente na liturgia o mesmo sistema que usou Cristo na leitura e interpretação das Sagradas Escrituras, visto que ele exorta a aprofundar o conjunto das Escrituras, partindo do “hoje” de seu acontecimento pessoal».216 A estruturação do rito da Palavra, não apenas obedece ao diálogo da Aliança, intercalando leituras e cantos interlecionais (cf. Ex 24,1-11), mas os ordena progressivamente em torno do evangelho, como a um centro gravitacional, conduzindo ao mistério do Crucificado-Ressuscitado, que atrai a tudo e a todos para si (cf. Jo 12,32): textos e comunidade celebrante.
Deste modo, as relações travadas entre os elementos do rito da Palavra, desempenham uma função no conjunto da celebração: uma verdadeira hermenêutica litúrgica à medida em que apontam para o Mistério Pascal. Para citar um exemplo, o evangelho, lido na relação com a primeira leitura, tem seu significado cristológico aprofundado por três possíveis relações. Pela relação didático-sapiencial (de esclarecimento ou aprofundamento), como no 6º Domingo do TC – B, onde a cura do leproso (Mc 1,40-45) é lida a partir das prescrições do Levítico (Lv 13,1-2.44-46). O motivo de Cristo permanecer fora da cidade, em lugares desertos realça a solidariedade do Filho de Deus com todos os leprosos que viviam apartados da comunidade. Pela relação profética (de promessa – cumprimento), como no 21º Domingo TC-A, Pedro recebe as chaves da Igreja em cumprimento da promessa messiânica de Deus que pune Sobna, o soberbo administrador do Palácio real; Ou pela relação tipológica (de tipo – antítipo), como na Festa da Exaltação da Santa Cruz, quando se lê o diálogo em que Jesus anuncia sua exaltação a Nicodemos, como realização e superação da antiga figura da serpente de bronze, erguida no deserto.217
Tais exemplos, ainda no horizonte dos textos bíblicos, reúnem na liturgia uma inequívoca orientação para o mistério da fé. A consideração dos textos eucológicos amplia a riqueza hermenêutica e lança sobre cada evangelho um olhar diferenciado, a partir do background celebrativo. Exemplo claro deste enriquecimento se verifica a partir da leitura do evangelho de Lc 2,22-40, da Apresentação do Senhor no Templo. Nesta festa, o acento recai sobre o encontro do povo da antiga aliança com a salvaç...
Indice dei contenuti
- Copertina
- Quarta
- Frontespizio
- Colophon
- Indice
- INTRODUZIONE
- «SCRUTARE LE SCRITTURE» NELLA TRADIZIONE EBRAICA
- «SCRUTARE LE SCRITTURE» NELLA TRADIZIONE PATRISTICA
- «SCRUTARE LE SCRITTURE» NELLA LITURGIA