
- 258 pages
- English
- ePUB (mobile friendly)
- Available on iOS & Android
A invenção da cultura
About this book
'Divisor de águas na antropologia, este livro radicaliza a reflexão sobre o polêmico conceito de cultura, a partir da ideia de invenção: ''Voltaire observou que se Deus não existisse teria sido necessário inventá-Lo. E eu acrescentaria [...] que se Deus existe isso torna ainda mais necessário inventá-Lo''. O autor defende não só uma revisão dos modos de fazer antropologia, mas também uma reflexão sobre a ciência em geral que, assim como a cultura, estaria tanto ou mais ligada a um processo de invenções do que de descobertas.Para Wagner, o exercício de tradução é inerente ao esforço de se apreender uma nova cultura. Isto é, há sempre duas culturas em jogo: a da sociedade a ser estudada e a do próprio antropólogo. Desse modo, toda etnografia decorre de um choque cultural e elabora a visão de uma cultura em relação a outra, sendo, portanto, um processo subjetivo. O exercício de tradução de uma cultura para outra se dá como invenção, uma vez que coloca o objeto de estudo nos termos particulares da cultura do sujeito que a estuda. Além disso, o ato de se aprofundar em uma nova cultura traz consigo uma revisão de sua própria, na medida em que as diferenças tornam aparente o que sempre se percebeu como algo ''natural''. O texto sugere, inclusive, a noção de antropologia reversa, na qual as sociedades estudadas fariam uma leitura das sociedades ocidentais nos seus próprios termos.O autor adverte seus leitores sobre a necessidade de reinvenção da antropologia a partir dessa nova consciência. Trataria-se, assim, de mais um capítulo da história da disciplina, posterior à passagem da concepção diacrônica dos evolucionistas e difusionsitas para a sincrônica e relacional do estruturalismo. Além disso, suas ideias permitem aprofundar os diálogos entre culturas. O autor elabora uma compreensão antropológica da sociedade americana da época, fazendo, por exemplo, um paralelo entre a importância da magia para a constituição simbólica das sociedades primitivas e a do consumo para os americanos, assim como uma comparação entre as dinâmicas psicanalíticas do sujeito elaboradas por Freud e a invenção da personalidade na contemporaneidade.'
Frequently asked questions
- Essential is ideal for learners and professionals who enjoy exploring a wide range of subjects. Access the Essential Library with 800,000+ trusted titles and best-sellers across business, personal growth, and the humanities. Includes unlimited reading time and Standard Read Aloud voice.
- Complete: Perfect for advanced learners and researchers needing full, unrestricted access. Unlock 1.4M+ books across hundreds of subjects, including academic and specialized titles. The Complete Plan also includes advanced features like Premium Read Aloud and Research Assistant.
Please note we cannot support devices running on iOS 13 and Android 7 or earlier. Learn more about using the app.
Information
Table of contents
- Capa
- Folha de rosto
- Dedicatória
- Sumário
- Prefácio
- Introdução
- I. A presunção da cultura
- II. A cultura como criatividade
- III. O poder da invenção
- IV. A invenção do eu
- V. A invenção da sociedade
- VI. A invenção da antropologia
- Post scriptum (2010)
- Índice remissivo
- Sobre o autor
- Coleção Argonautas
- Créditos